To Blog or not to Blog

Agora lembrei porque não tinha me metido a fazer um blog.
NÃO TENHO TEMPO. ESSA JOÇA.
Quer dizer, até tenho sabe, mas é questão de prioridade. Tá ligado ?
É foda, a porra do lap até fica na mesinha de centro, perto do sofá quase sempre ligado, mas pra chegar e sentar a bunda pra escrever é foda. Vou ter que botar a porra no banheiro mesmo.
Aí já viu, né ? Sabão, água, xampu ou coisa pior !! fazer o que ?
É isso ou o fim do Showertime.
Bem, de qualquer forma já tem 3 novos posts em rascunho na fila, então temos uma sobrevida razoável.
Até mais, e obrigado pelos peixes !

Diz-me o que ledes e te direi como blogas

"Rather than spitting dots [like Space Invaders], Pac-Man [...] endlessly absorbed them, a reversal in thematic focus from anal expulsion to oral incorporation"
The Video Game Theory Reader, Pag. 115.
Coisa séria, estudo acadêmico, sério mesmo.

Beira Rio Movie Sessions

Realmente não existe sentimento mais sublime que tirar uma obra clássica de sua prateleira empoeirada, traze-lo de volta à luz e vê-lo novamente fazer brilhar no coração dos homens: alegria, dor, reverência e deslumbramento.
Pois aqui eu digo. Nem que desfilasse em prosa todos os palavrões e impropriedades aprendidos ao longo de uma vida, conseguiria começar a descrever os sentimentos que assolaram os espíritos daqueles que estavam presentes ao primeiro Beira Rio Movie Sessions.
O Destino de Miguel, exibido na sessão de abertura, preparou nossos corações para o que estava por vir.
E o que estava por vir era grande, colosso da sétima arte, expressão suprema da condição humana... O que estava por vir era...
AAaaAAAaaAAaaaa MÃÃÃOO !!

Agora recolho-me ao assento dos ouvintes e reproduzo na íntegra os comentários dos curadores das sessões clássicas do BRMS.

"Caríssimos,
Venho aqui enaltecer o sucesso total da inauguração em grandecíssimo estilo da Beira-Rio Movie Session. AAAaaaAAAAAAaaa Mão mostrou ser uma película digna da ocasião. Só nos resta, agora, a preocupação em manter o nível dos espetáculos que virão...
Destaco aqui, algumas impressões e pontos altos da noite. Se alguém lembrar de algo mais, manifeste-se..
1- O cabelo sexy do Michael Caine;
2- A Srta. Advíncula, traída pelo gênio de Oliver Stone, a 20 segundo do fim do filme;
3- A perspicácia de Teresa ao "sacar" a metáfora da cauda do lagarto;
4- Essa tal de Magna é lenda...;
5- ...[Editado pelo Editor]
7- Eu queria comprar os gibis do Mandro;
8- Fred deveria colocar uma catraca na entrada de seu apartamento para cobrar visitação;
abraço a todos, e até a próxima sessão!!
Meu voto: O Grande Dragão Branco"
Pablo

"E aí, galera, beleza???
Quero deixar aqui a minha imensa satisfação por ter vivenciado os raríssimos momentos da noite passada. Definitivamente, não haveria filme mais apropriado para abrir a temporada 2005 da Beira Rio Movie Session. Eu realmente classifico a indicação de AaaAAaaAAAAaaa Mão como: "oportuníssima". Só quem realmente alcança a magia da 7ª Arte sabe do que estamos falando aqui... Foi uma noite memorável, não há a menor dúvida quanto a isso!!!
O nosso prezadíssimo amigo Pablo foi brilhante nas colocações sobre os pontos altos da noite, não deixando margem para outros comentários. A não ser, é lógico (e quero ressaltar aqui a genialidade de quem o fez), a parte final da sinopse original do filme: Has his severed hand returned to pay a visit? Realmente, meus caros... genial, genial!!!
Um grande abraço a todos... e até a próxima sessão, que, diga-se de passagem, será extremamente difícil atingir o nível da qualidade cinematográfica da noite passada. Estou com Pablo: O Grande Dragão Branco... pra DETONAR!!!!!!!"
Guga

Expurgo ! ou a última da trilogia Cotovelum Dolores

A pior coisa numa mudança radical é a própria mudança radical.
Por melhor que sejam as perspectivas, sempre vai haver uma caralhada de SEs que vão te assombrar por um tempo, invariavelmente, longo demais.
Veja só: se morte é renascimento, como insistem os tarólogos, logo renascimento é morte. E como uma mudança radical é de certa forma, um renascimento, então mudança, de certa forma, é morte.
Sacou ?
E morte é foda, morte é radical, morte é definitiva e morte anda sempre junta com espíritos e fantasmas. Pior, como o velho Ebenezer Scrooge bem sabia, espíritos vêm em três tipos: passado, presente e futuro; são sempre um pé-no-saco e ficam um tempo, invariavelmente, longo demais.
Certos estavam os egípcios que entendiam do assunto. Quando morria um faraó e acabava uma dinastia construíam uma pirâmide bem grande e enterravam a porra toda, a porra toda mesmo, gato, cachorro e sapato, mulher, filho, elefante, espíritos e a pia da cozinha.
Provavelmente eles tinham o mesmo problema que a gente, viviam numa cidade do tamanho de um ovo, todo mundo conhecia todo mundo, e a única maneira de esquecer daquela merda era enterrar tudo de vez. Viagem pro além e vida após a morte o cacete, eles queriam era uma boa desculpa pra botar tudo embaixo do tapete.
Pois é, então, como a gente tem menos dinheiro que eles o jeito é ir fazendo um expurgo lento e doloroso... Como tudo na vida afinal. Como o Nilo ou o Capibaribe, lento e doloroso.

E por falar em lapada onde anda você...

Alguém aí sabe dizer por que a pessoa só aprende levando lapada ?
Por que as pessoas não podem aprender a viver enquanto tá tudo na maciota, tem que ficar arrumando problema até que o problema fique tão grande que aí ele realmente se torna um problema ?
Em que ponto da nossa evolução isso se tornou realmente importante? Quer dizer, enquanto a gente tava trepado nas árvores a gente tinha realmente que descer e ser comido por um tigre-de-dente-de-sabre ou coisa que o valha pra aprender que aquele bixinho fazia mal. Porra, tú acha que aquela boquinha é pra quê ? E aquelas unhinhas, caralho !? Vai descer pra que !?

Se eu soubesse que era assim não tinha me ferrado tanto no colégio:
- Equação do segundo grau ? Intendi não, fessora, dá pra dar um cascudo aqui ?
PPOOWW !!
- Ahhh, uma a equação do tipo ax²+bx+c, com coeficientes numéricos a.b e c com a diferente de zero. Saquei !

Muito escroto isso, muito inapropriado.
Pelo menos tenho um consolo, da próxima vez que der uma topada no dedinho, levar uma mordida de um cão raivoso ou ser agraciado com um pé-na-bunda vou saber dar valor a esse ato tão importante. A base fundamental sobre a qual foi erguida nossa civilização: A LAPADA !

Mass Extinction Event

Não é coincidência que a abertura desse blog está ligado a um MEE que ocorreu na minha vida recentemente.
Eventos de extinção em massa, por mais destrutivos que sejam e por mais definitivos que pareçam tem a capacidade, uma vez que a poeira baixe, de gerar vida e complexidade em uma escala impossível em tempos de calmaria.
Veja o que aconteceu 251 milhões de anos atraz no nosso pacato planetinha, entre o período Permiano e o Triássico. Uma catástrofe com origem ainda incerta eliminou num piscar de olhos geológicos 95% de todas as espécies da Terra, é isso mesmo: 95%.
E isso foi ruim, nananinha. Imagine que todos os nichos ecológicos da terra estavam tomados por criaturas gordas e preguiçosas e que qualquer nova espécie tinha muito pouca chance de dar certo naquele ambiente viciado. Pois bem, quando, TIBUMBA ! todo mundo de repente desapareceu, as poucas espécies que sobraram tinham um mundo inteiro pra descobrir, novas oportunidades de repente apareceram e uma variedade enorme de formas de vida começou a repovoar a Terra estéril.
E essa não foi a única vez. Nada menos que 5 vezes a Terra experimentou extinções em massa. A última, entre o Cretáceo e o Terciário, há 65 milhões de anos, detonou todas aquelas lagartixas super desenvolvidas e abriu caminho para aqueles bixinhos peludos que hoje em dia andam em pé e fofocam pra caralho.
Portanto amigos, alegria, alegria, uma boa lapada, ou uma extinção em massa, dependendo se você é um planeta ou uma pessoa, pode ser justamente o que você precisava.

Antes tarde do que nunca

Intão,
Finalmente resolvi fazer esse danado desse blog com o objetivo único e exclusivo de arrumar mais sarna pra me coçar, como se eu já não tivesse problemas suficiente.
Espero não ficar aqui enchendo o saco com detalhes sórdidos da minha vida, claro que um detalhezinho sórdido aqui outro acolá não faz mal nenhum.
Espero encher o saco com pensamentos toscos e idéias bizarras, o que é muito mais interessante. Mais especificamente aqueles pensamentos toscos e idéias bizarras que vêem à cabeça na hora do banho, aquela horinha em que cessa toda e qualquer entrada de informação e só resta processar o que já tá lá dentro da cachola.
Queria agradecer a Jú-sei-lá-o-que (muitas Jús na minha vida atualmente) pelo incentivo e por mostrar que blog é pra escrever merda mesmo.